sábado, dezembro 16, 2006

fundo

sinto o passar do tempo
que não passa de todo
sinto-me como cimento
que se agarra ao lodo
que não para de se afundar
por mais que lute contra o mundo
sente-se constantemente a colar
levando-se até ao fundo
com o lodo a empurrar

e no meio da certeza
a natureza não é empírica
fico ou fujo em subtileza
mudando as leis da química
violando os acórdãos socráticos
de pedras, penas e jasmim
consolidados em retiros sabáticos
com estranhos a falarem de mim

perdidos já se encontraram (por) aqui
Free Hit Counter