domingo, março 11, 2007

cego

ouve. ouve o movimento
sente o seu fluir,
o seu momento,
esquece o que os olhos dizem
e o que a mente traduz.
dá uma nova semântica
ao mundo da luz.
vê que sentes
o chilrear dos pássaros,
o cheiro de um cabelo
o cantar das varinas,
e ao fim de vê-lo
é como se lamparinas
se acendessem de par em par
tornando o azul do céu
tão rosa como o cheiro
de uma rosa angelical
por entre um arrozal

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