sábado, maio 20, 2006

(s)urge

como o poeta que definha
o seu desmedido sentimento
no calor de um momento
frio, gélido, insensível,
demente e desprezível,
que urge, impossível
impossível de encontrar,
procurar, pensar, ou mesmo,
ou mesmo de sonhar,
que definhando os seus suspiros
escrevendo-os em papiros
e caindo em seus sonhos
acorda para a vida
do outro lado do túnel
com a luz há muito perdida
desproporcionada e desmedida
e no entanto sente a falta
do mundo que deixa
que apesar da maleita
na sua escrita o fez feliz

perdidos já se encontraram (por) aqui
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