mel
sentado,
olhando para o infinito
que vejo nos teus olhos
despidos perante mim
por entre duas fitas de cetim
que caiem pela cama
que esquecemos de desfazer.
quiçá, insensatos,
perdemo-nos por entre os montes
e sequiosos, bebemos das fontes
que alimentam nossos sonhos
e fazem de nós
um e um só
olhando para o infinito
que vejo nos teus olhos
despidos perante mim
por entre duas fitas de cetim
que caiem pela cama
que esquecemos de desfazer.
quiçá, insensatos,
perdemo-nos por entre os montes
e sequiosos, bebemos das fontes
que alimentam nossos sonhos
e fazem de nós
um e um só
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PRAIA DO PARAÍSO
Era a primeira vez que nus os nossos corpos
apesar da penumbra à vontade se olhavam
surpresos de saber que tinham tantos olhos
que podiam ser luz de tantos candelabros
Era a primeira vez que Cerrados os estores
só o rumor do mar permanecera em casa
E sabias a sal E cheiravas a limos
que tivessem ouvido o canto das cigarras
Havia mais que céu no céu do teu sorriso
madrugada de tudo em tudo que sonhavas
Em teus braços tocar era tocar os ramos
que estremecem o sol desde que o mundo é mundo
É preciso afinal chegar aos cinquenta anos
para se ver que aos vinte é que se teve tudo
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