domingo, maio 20, 2007

do(g)ma

regurgito palavras em que não acredito
de tratamento austero e som melodioso
que irradiam doçura de trato
e matam como veneno odioso.
foram-se, e não penso mais no som
que expelem no ar aveludado
vibrando com as ondas que afagam
o ar serôdio e salutar
de uma pertinente ideia solta
que foge dum lupanar.
e assim o tempo passa
com palavras vãs, outras profundas,
umas com senso, outras sensibilidade,
umas confiantes, outras com humildade,
e com a habilidade que aprendemos
com o sabor do tempo
- ora doce, ora salgado -
que percorre uma lágrima que caminha
partida de um lago
em direcção ao ponto de partida
numa frase inexacta
de uma palavra há muito perdida.
perdem-se por cordas
de uma harpa desafinada
e ao saber que acordas
afastam-se para que passe o ar,
o vento e a luz da madrugada
aclamando o alvor tardio
de uma luz que emana de um pavio

levanto-me e contemplo,
acredito que vou mudar
porque crescer não é só ver o tempo passar

perdidos já se encontraram (por) aqui
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