sábado, maio 05, 2007

escuro

olho o cerco que me envolve.
está escuro e húmido.
não vejo o caminho,
a saída ou a entrada.
vejo uma luz que reluz,
como um diabo a fugir da cruz.
vejo que não vejo no breu,
vejo a vida que alguém esqueceu.
procuro orientar-me pela luz,
esquecendo-me da escuridão
que me guia por entre luzes disléxicas
que se enganam na direcção.
faço por esquecer o que aprendi
pois de nada me vale pensar.
escuto os sons que vêm dali
- estranho, parecem ondas no mar!
confiando no que me guia
e nas luzes do caminho celestino
mergulho por entre o denso véu
que encobre o destino.
Acordo!
estou de novo na ignorância do saber

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