sexta-feira, junho 15, 2007

sorrindo num anzol

choro
pelo sabor da lágrima que cai
e que tu amavelmente apanhas
com teus dedos de fada
que se quedam a estes momentos.
penso nos porquês dos dedos gretados
serem tão dóceis, sedosos e afáveis
que as lágrimas deixam de correr
como que por encantamento.
o sorriso desperta, e solta-se
fugindo para a frente do sol
como que um peixe
não apanhado numa rede
mas apanhado num anzol

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