sexta-feira, agosto 07, 2009

formigas

é primeiro de Agosto lá fora
e as formigas encarreiradas
passam por ali, porta fora,
em direcção às vidas deixadas
num qualquer ninho, desconhecendo o local
mas conhecendo o cheiro que emana
voltando sempre de cara alegre e jovial
sem sequer pensarem onde pára a semana

em Dezembro dá-me um fio de sol,
em Julho dá-me um fio d'água fresca e límpida.
não quero o ouro, pois como o anzol
prende-nos a vida sem a deixar ser vivida.

seguem por aí sem se qeixarem,
seguem sem se preocuoparem
se o céu lhes diluirá as vidas
ou se prosseguirão com suas cantigas!

e sem rodeios ou delongas
irrompem no espaço que invadem,
à procura, à descoberta
de uma porta deixada aberta

em Dezembro dá-me um fio de sol,
em Julho dá-me um fio d'água fresca e límpida.
não quero o ouro, pois como o anzol
prende-nos a vida sem a deixar ser vivida.

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