terça-feira, janeiro 30, 2007

aqui, agora, já

inspirado pela queda da neve
que não vejo,
pelo cantar do realejo
que não oiço,
pelo sabor do fresco
que não saboreio,
mas que sinto a bater-me na face
e que ilumina a rua
como o calor que emana
o fumo das castanhas
no tempo frio e luminoso
que torna Lisboa viva
no Outono frio
e que se volta para o rio
para se aquecer
com a passagem de um navio
com luzes e acenos
e sem nada que nos aproxime
mas com tudo o que nos faz desejar
mais uma vez, cá voltar

perdidos já se encontraram (por) aqui
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