segunda-feira, fevereiro 26, 2007

moléstia

dificilmente explico
não o que sinto
ou o que deixo de pensar
mas o facto de sentir
o que me faz sorrir, ou chorar.
e não obstante desconhecer
a leveza da pureza,
procuro apenas as réstias
que na sua dureza
deixam pequenas moléstias.
mas são palpáveis,
vítimas das modéstias
improváveis, mas imagináveis
de quem não sonha
com o que não tem,
mas que sorri
pelo facto de ter
o que mais ninguém tem
e de mesmo assim
ser um quase ninguém

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