quinta-feira, maio 18, 2006

não sinto

não sinto senão tristeza
no momento em que penso
de pensar que sem firmeza
não saímos desta vida com senso

na penumbra do nada
na escuridão da luz
oiço a morte anunciada
e o som que produz

para quê sonhar com a vida
se não sairemos vivos dela?
mesmo que toda partida
senti-la-emos sempre bela

por mais triste que pareça
há sempre algo que nos aqueça
esperando que compadeça
mais uma gota de esperança

perdidos já se encontraram (por) aqui
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