terça-feira, julho 11, 2006

sentir[-me]


descrevo o que sinto,
sinto o que descrevo,
perco-me num enredo indistinto
vendo o movimento de um cervo

a sensação de liberdade lá em cima,
um querer incomportável,
como uma mudança de clima
que me torna frio e desagradável

...ou quente e agradável,
numa ambivalência de emoções
que por mais que inadaptável,
me fazem sentir tentações

e sem rima ou métrica ou coerência
corro por aí em direcção ao indolor,
perdido na rua, vida e sapiência
e não encontro senão dor

perdidos já se encontraram (por) aqui
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