segunda-feira, agosto 21, 2006

indecoro


Sentindo a pacificação dos corpos,
torpes, numa busca incessante
de prazeres carnais, indecorosos,
a quem nem o pudor é intrigante,
não assusta nem ameaça o sentir
Obscenos e despreocupados
procuram os limites que ultrapassam
o quase chegar, o quase ir
o quase voltar, o quase vir
e tantos outros “quases” que
quase nos escapam,
mas nunca ficam
e faltam-nos na boca
como água ou como pão,
como se de um manjar se tratasse
como se da vida dependesse
o que dois corpos celestes
entrosados no infinito
e despertos pelo destino
de um qualquer menino
que despreocupadamente
acordou e sem sonhos
sonhou

perdidos já se encontraram (por) aqui
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