sábado, abril 21, 2007

uma memória

pinto o céu de um azul
que não é aquele que o mar espelha.
projecto a minha memória
desse outrora azul
que passou pela história
sempre diferente e sempre azul.
ao tingir a água de anil
o azul do céu não muda
- nem a minha memória dele.
penso nas consequências
das músicas que ouvi
dos livros que li
e das histórias que contei.
gosto do som das gaivotas a mergulhar
e dos peixes a entrar na água que corei,
depois de saltarem e tocarem o céu.
gosto de ficar aqui sentado
com os ramos por companhia
e a máquina fotográfica como confidente,
afinal está tudo igual
e tudo diferente.

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