quinta-feira, maio 24, 2007

chão

espero por ti à porta
espreito e vejo a luz acesa
olho o relógio de corda
e vejo-te com surpresa

olhei pela janela entreaberta
com olhos de ter-te recordada
a tua pele somente coberta
pela tua brancura imaculada

e de soslaio olho novamente
pela janela lascada e entreaberta
que ensombra a minha mente
com a tua alma descoberta

disperso pelo soalho do hall
ao entrar por uma porta magenta
e olho o branco da parede
revestida de astros e cometas

sinto-me como as frestas do pavimento
que procuram verniz para se cobrir
e quando sentem o conforto do sofrimento
confortam-se, com o pesos dos passos, a sorrir

perdidos já se encontraram (por) aqui
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