terça-feira, outubro 30, 2007

sem título (para não desvirtuar o que desconheço)

Se falasse do que conheço,
desconheceria se seria o correcto,
pelo que, falando do que desconheço,
mesmo desconhecendo,
talvez tenha a insanidade de conceber
um verdadeiro conceito.
Não sei para onde caminho e,
desconhecendo o meu passado,
desconheço quando comecei verdadeiramente a partir.
Não acredito num destino,
contudo, acredito nas pausas que se fazem
para o redefinir.
Desperto para o sonho que recortei,
traçando planos de fachadas ousadas
e com cores surreais e sensuais.
Pensando no que faço descubro
que o que não faço me condiciona mais,
que o simples brotar de uma ideia,
e vê-la nascer.
Continuo desaparecido do meu eu,
e fujo para me encontrar,
pensando que o que virá será decerto
melhor que não pensar...
ideias num mar deserto.
E se um mais um são dois,
não me expliquem o porquê do dois,
mas de onde vieram
o primeiro e segundo um.

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