segunda-feira, dezembro 15, 2008

rolar

advirto os sentidos que me enganam
que não sei o caminho
e que caio por onde correm aquelas pedras.
segue o riacho que me molha,
recatado e molhado, cheio de água,
que se cruza com as pedras, e as molha.
rolo, com as pedras que se desprendem
de uma vez por todas, e assim eu vou,
para onde quer que seja, desde que
cá não fique para contar a estória
de uma história que não quero contar
para não cair na tentação de parar
de rolar como um seixo que se entrega
a uma cantiga de amor de um riacho
que canta só por ser o que melhor
sabe fazer, mesmo não o fazendo.
céu azul, que és reflectido, distorcido,
e ganhas uma nova beleza que não conhecia
mas que sempre vi com os meus olhos,
estes que molhados agora se encontram
com a terra que foge por debaixo da água
que prende os seixos sem temor ou cansaço

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