quinta-feira, janeiro 15, 2009

a carta

o sentido de não saber
o que não se quer saber
é talvez o sentido que tem
saber o que queremos, e bem.
tomo-me como um comprimido.
aturo-me três vezes ao dia,
e com um copo de água,
que é para não custar tanto.
é de bom trato tratar-me,
seja de que forma for,
mas de melhor trato seria
deixar-me a descansar eternamente
para ver se a alma não sofria.
a lua já vai alta
e tal me relembra
que sinto a tua falta.
despeço-me, como numa missiva
"cordialmente"
e a assino no fim,
para ser mais pessoal
"eu"
tenho, tenho...
qualquer coisa no olho
que me faz chorar.
P.S.
talvez agradecer
não seja de mau tom

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