segunda-feira, janeiro 12, 2009

distorção

a morte, talvez não seja a ausência de vida
mas a ausência da vontade de viver
pois por mais que vivamos sob a égide do sorriso
podemos simplesmente algo mais estar a esconder.
soltando um sorriso, uma graça, um lampejo de luz
que se desloca pelo ar emanando um brilho próprio
que contagia, ilumina, tacteia e seduz
de forma a sentir um ardor no peito
que sacia a alma faminta de cor, música, alegria,
em formas de novas ilusões imaginadas sob um passadiço estreito
por onde a pouca luz que passa, ilumina um dia inteiro.
a morte da luz que se avizinha,
apenas durará a noite ébria que condena
à escuridão etérea de um momento,
e como se não bastasse o tempo que se renega
a passar como as bolas de sabão
que sobem no ar e rebentam para a felicidade
das crianças que as tentam rebentar
deixando um rasto de luz e cor e cândidos sorrisos
para quem os conseguir encontrar

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