terça-feira, janeiro 20, 2009

valha o que valer

não escrevo um poema de amor,
aliás, não sei o que escrevo
pois não quero transmitir a dor
nas emoções que descrevo.
não é sequer um poema
pois as palavras que descrevem
não se prendem por uma algema,
e contudo não se perdem.
as palavras que nada dizem
estão aqui, assim como eu,
e naquilo que omitem
está tudo o que é teu:
a tua... o teu...
o nosso mundo que desabou
e que das cinzas não desabrochou
como seria suposto esperarmos.
Adeus é muito forte,
até mais, até breve, até um dia...
até um dia em que sintamos a alegria
do reencontro e deixemos de sentir
esta enorme e até lá eterna apatia

a nós, aos que gostam de nós, e o resto...

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