terça-feira, junho 09, 2009

doutrina

descendo as colinas de Lisboa,
caindo com as palavras secas
que molham o chão e que magoa
quem tropeça nas suas letras.
proibissem o destino
de desistir sem combater
como se fosse um ser divino
que apenas observa em lugar de ver
e o mundo seria um lugar sem fado,
nunca sendo perdido ou achado.
porque o amor é uma comenda
e por mais que viva
não tenho qualquer emenda
e vivo como quem aviva
uma memória tremenda.
continuo a descer, perdido,
e a formar palavras
que se adornam de sentido.
e sem saber se lacras
as missivas que me destinas,
(re)leio como sendo a primeira
a missiva com que me doutrinas

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8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh Bernardo. Ja chega de baboseiras e vê lá se sais desse estado deprimido que não ata nem desata pois já não há pachorra para te ler mesmo que seja só de vez em quando. Já sei que vais interpretar tudo o que eu escrever com a leveza de quem fala destas coisas e depois fala do Benfica ou da Lindsay Lohan mas como podes imaginar não é por ti que escrevo isto :)) Olha esta é uma carta que uma amiga me mandou e a minha resposta. Pode ser que te ajude depois de destilares o teu veneno o melhor que souberes claro está.

Olá Alexandre tudo bem ctg?
estou para te escrever há secúlos, mas não tenho encontrado as palavras, mais do que isso sinto que preciso de um guia e não acho justo pedir-te a ti conselhos quando falamos tão poucas vezes e se calhar sabes tão pouco de mim....
Mas sinto como se estive a gritar por ajuda um grito mudo que ninguém ouve e não vejo respostas, talvez partilhar isto contigo seja suficiente talvez o que eu precise é por para fora o que sinto para eu própria ouvir melhor. Talvez eu precise só de falar com alguem que não me vai julgar ou tentar justificar, alguém além do Nuno com quem partilho tudo, mas que não pode ter constantemente o peso das minhas dúvidas. E a única pessoa a que sinto poder fazer isso é ctg.
Vou tentar ser o mais clara possível.
Há cerca de dois anos quando fui para Lisboa senti-me numa encruzilhada, tinha comecado a ler Osho e derepente o Deus em que eu acreditava deixou de existir e fiquei sem nada, senti-me incrívelmente perdida, lembro-me de contar isto ao Nuno e chorar foi um momento muito estranho que nem sei descrever muito bem. Entretanto fui para o Kung Fu com ele e lá conheci o Guilherme o nosso instrutor, no fim das aulas tinhamos sempre tempo para meditacao e partilha de pensamentos e dúvidas, falei com ele algumas vezes para tentar me perceber, ajudou sentia-me mais em equilibrio, embora ainda sem saber em que acreditar. As coisas banais da vida ás vezes ocupam-nos muito e não nos deixam tanto tempo para pensar/meditar sobre o nosso caminho e ficamos perdidos noutros assuntos sem grande importancia, foi mais ou menos isso que aconteceu.
Entretanto vim para a Alemanha e mudei, tornei-me muito mais independente, passei a ter uma vida mais calma, porque o sítio o proporciona, conheci amigos excelentes e comecei a ter mais tempo, fomos receber a bencao da Madre Meera e outra vez sinto que mudei. Fiquei com menos medos, consigo aceitar melhor o que acontece á minha volta, sem querer ter o controlo e o meu futuro fechado na minha mão, mas voltei a ter ainda mais presente, mais forte o sentimento de que não sei para onde vou nem o que fazer com a minha vida. Nao sei se é melhor ficar na Alemanha ou voltar para Portugal, não sei se devo mudar completamente a minha vida profissional e encontrar algo que me de mais prazer, algo em que eu possa falar com pessoas e não seja tão stressante, tão "demanding". Janeiro e Fevereiro foram uns meses difíceis no trabalho, onde perdi a nocão de mim e só pensava no que tinha que fazer e nas metas que tinha que atingir para conseguir entregar um projecto a horas. Qd terminou fomos passar um fds á suica e fizemos sky pela primeira vez, nao pensei em absolutamente em nada, era só eu e a montanha, qd voltei percebi no que me tinha tornado naqueles 2 meses e que o meu trabalho não era nada do que eu sou.
Sinto-me numa encruzilhada e não sei que caminho escolher, nem onde procurar respostase sinto que tenho pouco tempo para o descobrir.

Desculpa todos estes pensamentos confusos eu não os quero descarregar em ti, nem estou á espera que me des as respostas ou indiques o caminho, mas pensei que talvez conseguisses ensinar-me a ouvir melhor eu sei que as respostas estao á minha volta e á minha disposicao, mas não as sei encontrar.
E Desculpa ser por email.
Um grande beijinho.

19 junho, 2009 00:59  
Anonymous Anónimo said...

A minha resposta :)) E escusas de me dizer para não te mandar emails pois sabes que eu faço aquilo que eu bem quiser :)) e agora que sou esquizofrénico até tenho desculpa. Podias ter sido mais branda... Esquizoafectivo ficava melhor porque eu ainda tenho sentimentos bem vivos, consigo sentir, e a minha vida não está confusa :)) claro, isto visto do ponto de vista de quem está preso na teia, não é, uma vez que a Psiquiatria decidiu varrer do mapa todo um campo do conhecimento por considerá-lo demasiado oculto. Do outro lado, sou simplesmente alguém que se libertou por estar ligado ao que é eterno, a liberdade em si, e isso permite-me ver quanto mais alto estou nesse estado como tudo é influenciado pelos nossos pensamentos. É por isso que mudar o mundo como o queres fazer não vai mudar nada. Porque os teus pensamentos continuam a contribuir para tudo o que está á tua volta. E Flávia, é mesmo tudo. Animado e inanimado. As pessoas como que reagem sem se aperceberem inconscientemente para te criarem condicionamentos quando estás nesse estado a andar na rua por forma a ligarem-se a ti. E usam tudo. +É tão bonito. Ao mesmo tempo que toda a gente parece dançar :) . É maravilhoso. E mais inconscientemente comes com tudo o que as pessoas a quem te ligas são. É por isso que nunca sairás daí enquanto estiveres ligada a pessoas que não vêm isto. Porque inconscientemente és condicionada e passas a ver o mundo como elas e a pensar como elas. Literalmente. Confia em mim. É impressionante. E está tudo na intensidade com a qual te decides libertar :) . Se por algum momento deixas de o fazer voltas a ficar na teia e a não seres tu. Não há outra maneira, nem de seres tu mesma nem de mudares o mundo. :)) Tentei ser brando até agora mas deixarei de o ser. Flávia, o Hugo é um ignorante, o teu primo é um ignorante, as tuas amigas são ignorantes, o meu pai é ignorante, todos quanto não têm a capacidade de se libertarem por não terem a intensidade suficiente são ignorantes pois não percebem o efeito do seu estado nas coisas que os rodeiam e continuam a agir negativamente por não se purificarem a esse nível. E os seus pensamentos porcos e os seus julgamentos condicionam tudo nas pessoas que dependem delas ou estão ligadas a elas de alguma maneira e apenas geram porcaria no mundo à sua volta. No mundo físico Flávia, não num outro mundo qualquer à parte, não, neste mundo. E ficam deprimidos pois passam a ver o mundo estático . E uma pessoa sente a depressão fisicamente quando se aproxima dessa gente. Como se o nosso dia-a-dia não fosse influenciado só por isso. Até os pássaros e as ruas se abrem para tu passares quando estás nesse estado. Quanto ao teu primo e amigos, bem, da-me pena só isso...

19 junho, 2009 01:00  
Anonymous Anónimo said...

A minha resposta à Ana :))

Está bem. Vamos brincar Ana.
Meu amor,
quem me dera dizer-te que tudo vai correr bem ou que as coisas vão melhorar. Se o fizesse estaria a mentir-te. As coisas nunca melhoram até nos descobrirmos a nós mesmos. Sabes porquê? Porque enquanto não o fazemos atraímos e somos completamente manipulados por tudo o que nos rodeia. Coisas que não te apercebes e que te fazem fazer isto ou aquilo sem saberes porquê. E só há uma maneira de ir à raiz do problema. É através da devoção ao que não muda ao que é eterno. A única coisa que não muda neste mundo meu amor é Deus. E as únicas pessoas que estão em sintonia com isso são os mestres. Portanto a única maneira de atingires isso que é imutável é criares uma ligação profundíssima com um mestre que esteja ligado a isso. Compreendes? É como se quando tivesses uma confiança tremenda em algo ao ponto de guiares toda a tua vida por essa coisa a natureza te devolvesse abrindo as portas dos mistérios da tua vida e todos os segredos que se escondem por detrás dela. Imagina que estamos todos ao nível de uma bola de cristal. Estamos todos ao nível da camada de vidro, uns mais profundamente, outros mais por fora, dependendo do nível a que estamos envolvidos nas teias da vida. E imagina agora que há forças por fora dessa bola de cristal que vão condicionando completamente a vida das pessoas que se encontram ao nível da parede. Quando desenvolves uma confiança tremenda em algo é como se quebrasses o vidro, fosses para fora, e compreendesses o movimento das coisas que regiam a tua vida enquanto estavas na parede. Coisas que nem imaginavas que podiam existir. Meu amor, todos os nossos pensamentos influenciam o decorrer da nossa vida. Toda a tua vida és tu que a constróis. Só que só quem quebra o vidro que nos circunda percebe como isso acontece pois passa a viver de tal modo intensamente que ve o efeito que cada pensamento seu tem em seu redor. Enquanto estamos dentro da parede nem nos apercebemos disso pois estamos sujeitos à influência de tantas energias que nos circundam e estamos de tal modo envolvidos na parede que nos vamos movimentando com ela. Quem se consegue libertar aos poucos vai compreendendo essa influência. Até que uma confiança extrema quebra de tal modo a parede que as mudanças passam a ser instantâneas. Enquanto estamos na parede estamos sujeitos à acção dos pensamentos de todos os que nos rodeiam e não temos a energia necessária para mudar a acção das coisas pois de imediato há algo ao qual estamos condicionados que nos faz agir assim ou assado e que de imediato não permite que nos libertemos. Esses condicionamentos são desencadeados por pensamentos e forças geradas pelo que está em nosso redor e apenas com uma confiança extrema em algo que nos faça concentrar todo o nosso ser em algo permite que nos descondicionemos de tudo. É como se fosse um golpe tremendo na camada de vidro que faz com que depois a nossa energia passe a condicionar tudo. É como se Deus nos fosse alargando o nosso campo energético à medida que nos libertamos. A maioria das pessoas que está na camada está deprimida pois passa a vida influenciada por forças e energias que não a sua e acaba por desperdiçar a sua vida fazendo coisas que no fundo não quer. Quem se liberta e depois de ver que o mundo não passa de algo que está em completa mudança permanente e sente essa mudança pois percebe como a sua própria energia e os seus pensamentos se reflectem em tudo o que está à sua volta e depois compreende que os seus próprios pensamentos estão em permanente mudança e não se conseguem suster a eles próprios sem que nós o queiramos passa a desejar tão somente estar sempre em sintonia com esse conhecimento.

19 junho, 2009 01:04  
Anonymous Anónimo said...

Após o interiorizar completamente passa a desejar estar permanentemente em contacto com a única coisa que não muda que é Deus e passa ele próprio ao compreender isso a estar estabelecido completamente em si próprio, a ser o que ele realmente é, e passa ele próprio a ser um Deus, com o poder de criar o que bem quiser à sua volta sem nunca se deixar tocar por nenhuma das energias que o rodeia. Passa de certo modo a ser um artista, livre, e por isso é que se diz que Deus é um artista. E é isso que são os mestres verdadeiros. E automaticamente é atraído à tua volta um ambiente consonante com isso. Percebes? É realmente o amor que rege tudo. Quando amas muito alguém essa pessoa automaticamente é atraída para o pé de ti, mas os teus medos também atraem. Para dizer a verdade, cada pensamento que tu tens atrai tudo o que te rodeia, só que as pessoas estão de tal modo emaranhadas na teia que não se apercebem, e nem se apercebem da influência que têm as pessoas cujos pensamentos pronunciamos. Por exemplo, o facto de estares ligada à tua mãe aí dentro faz com que sem te aperceberes a sua energia entre em ti e sem te aperceberes começas a agir como ela, se apenas te focasses na tua mãe ficarias exactamente como ela até fisicamente, mas tu és um emaranhado de muitos, a tua mãe, irmã, qualquer pessoa a quem estejas ligada aí dentro, e não é preciso muito, até um estranho que passa na rua pode influenciar, e a partir desse momento já não és tu que ages, sem te aperceberes ages reflexamente por condicionamento e saõ criados no teu consciente desejos e pensamentos que não são teus e passas a viver uma vida que não é nem nunca foi tua e a maioria das pessoas desperdiça assim a sua vida. Quem mais te marca, na maioria das vezes por medo e não por amor gera em ti cicatrizes no teu mais profundo que faz com que vida após vida passes a viver as mesmas situações e, necessariamente a cometer os mesmos erros pois tudo te leva a isso. E não necessariamente com as mesmas pessoas, mas com pessoas com energias semelhantes que sem te aperceberes vais tentando transformar nas mesmas pessoas que te geraram essas cicatrizes e vais passando assim vidas atrás de vidas até que a certa altura algo em ti fica de tal modo farta ou por sorte te cruzas com seres iluminados que decides começar a trilhar o caminho que te liberta. O que é giro quando percebemos é que mesmo que fosse por esse caminho de revivermos as experiências que fossemos compreendendo as coisas e nos libertando apenas se percebessemos a verdade é que o conseguiríamos e nesse caso então libertar-nos-iamos simplesmente se pudessemos. Assim não há outro caminho. É mesmo a libertação total. Depende só do número de vidas que queres perder ou não. A maioria das pessoas a quem estás ligada depois de perceberes a verdade percebes claramente que nunca te amou não por não querer mas por não saber. E que o simples facto de estares ao pé deles apenas te torna igual a eles, deprimida e na maior parte das vezes a viveres desejos deles e não os teus com todas as emoções envolvidas a isso que só te prendem ainda mais na teia. Quando largas tudo ama-los novamente mas mesmo aí compreendes que nada podes fazer por eles pois só eles podem subir ao teu nível não o contrário, senão cais novamente pois eles voltam a enfiar-te na teia. E não há problema pois mais tarde ou mais cedo vamo-nos todos libertar e se não for nesta vida será numa próxima. E se eles continuarem mesmo assim a estarem ligados a ti acabarão por subir também se não nesta vida numa outra. Resta saberes quantas mais vidas estás disposta a perder e a sofrer. E todos nós apenas nos realizamos completamente e nos sentimos verdadeiramente bem quando chegamos aí. E não há outra missão na Terra, não estamos cá a fazer mais nada senão isto. O problema é que há quem apenas perceba demasiado tarde. Até aí andamos sempre ao sabor de energias que não são as nossas e nunca nos sentimos completamente livres.

19 junho, 2009 01:05  
Anonymous Anónimo said...

Quando nos ligamos a esses mestres completamente mais e mais a nossa energia se vai libertando até que passamos a ver e ficamos iluminados. A partir daí estabelecemo-nos no que nãop muda e ajudamos outros a libertar-se. Quando te ligas a alguém nesse estado a ligação é de tal modo profunda que fica também ela praticamente eterna e de um amor de tal modo profundo pois é o teu verdadeiro ser que está lá que não há relaçao mais forte. Tens a sorte de ter a teu lado alguém que está disposto a trilhar esse caminho contigo. Aproveita. Travaste conhecimento com a Mother Meera que é simplesmente um dos mestres mais poderosos que se encontram hoje à face da Terra. Não percas esta oportunidade. O meu conselho é faz tudo que te leve a seguir esse caminho, não tenhas medo de largar pessoas pelo teu caminho que não quem te queira seguir no mesmo, mais vale largá-las já nesta vida que depois ires reencarnar com outras energias iguais que te voltem a colocar os mesmos grilhões e que te impedem de seres tu mesma e livre e de fazeres o que realmente queres fazer, usa toda a tua força para que o trilhes o mais intensamente e o mais rapidamente possível, pede à Mother Meera com todas as tuas forças que te leve ao encontro do teu mestre, entrega-te de alma e corpo a esse mestre, e segue a via que te permita depois ajudar mais pessoas a trilhar esse mesmo caminho. Não tenhas medo. Confia em mim. A magia existe mesmo. Eu vivo-a todos os dias. Podia dizer-te mais coisas mas ainda não chegou o momento. A Mother Meera ouve-te só de pensares nela, pede-lhe com todas as tuas forças e não tenhas medo de largar o que quer que seja, trabalho inclusive, que te faça desviar desse caminho. Nada mais importa meu amor. Eu estou contigo. Não te preocupes.

Parabéns princesa. Já percebeste que não terás nunca melhor amigo do que eu por isso vê se paras de me tratar mal e me sorris mais de vez em quando está bem? :)) Eu não vou a lado nenhum e se um dia me afastar definitivamente de ti como o faço por vezes terei sempre um lugar especial para ti dentro de mim. Tenta fazer o mesmo comigo por muito que superficialmente estejas sempre a querer destruir-me. Não serve de nada. Eu sou mais forte que tu e nunca conseguirás fazê-lo :) Mesmo que eu um dia morresse sem abrigo ou acontecesse o que acontecesse eu reerguer-me-ia sempre princesa e sempre ligado à verdade que tanto eu como tu amamos. Nesse teu caminho inútil pelo comunismo tenta ir respeitando a origem e os mestres pois mesmo que não te apercebas tudo na tua vida é condicionado por isso, eles funcionam cada vez mais como espelhos quanto mais próximos da origem estão e sem ser por aí é impossível libertares-te, suicidando-te tu ou não. Parabéns linda.

O teu amigo

Alexandre.

19 junho, 2009 01:06  
Anonymous Anónimo said...

Fica bem Bernardo. Não te voltarei a responder pois sinceramente depois de ler tanta baboseira já percebi que não vale a pena...

19 junho, 2009 01:07  
Anonymous Anónimo said...

Fica bem :)

19 junho, 2009 01:07  
Blogger Bernardo said...

E qual é a mensagem a extrair Alexandre? Que um ignorante não muda ou que não quer mudar?
Já olhaste para o outro lado do espelho?
A carta, quem ta escreveu não foi uma prima minha, pelo que, há aqui algo que não percebo. Uma carta de alguém e respondes à Flávia!?
Bem, se calhar também dá que pensar, mas uma coisa é certa, obrigado pelos comentários. Aprendemos sempre com os erros que cometemos...

19 junho, 2009 16:49  

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