segunda-feira, agosto 21, 2006

sonâmbulo


vejo o Homem que passeia,
ao lado do que sonâmbulo vagueia,
que contorna a esquina meretriz
em busca dos prazeres de petiz

embora a idade seja estatuto
o semblante denuncia-o astuto
não perdendo tempo, com reparos
nem ganhando, com elogios raros

lisonjas estivais
vão-se e vêem como as demais,
perdidas pelo tempo cruel
num incólume pedaço de papel

e de pinceladas de história
as estórias são narradas,
são pedaços da memória...

narradas ou contadas?
o que importa, se esta já acabou
e se mantém inacabada?

perdidos já se encontraram (por) aqui
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