vereda
por vezes sento-me e penso
- sim, penso - de verdade.
será que me recompenso
de modo a manter a sanidade?
fico parado, pois com certeza,
ora se estou sentado
numa cadeira, banco ou mesa
ou onde quer que seja o poiso
escolho um qualquer coiso
e desapareço por detrás da contabilidade
em direcção à correspondência
que me rege com divina vontade.
e nas as veredas da ausência
límpida e cristalina
dás-me água, matas-me a sede
com ácido ou estricnina...
e então, vindo com o nevoeiro
o Verão brotou um grelo
a Primavera saiu do roupeiro
o Inverno encheu de gelo
o whisky do Outono garimpeiro...
e para que tudo sentido faça
abro a garrafa e encho a taça
e apanho uma piela fenomenal
acordando numa bela cama...
de um belo hospital!
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