lágrima inconstante
brincando com as palavras
que criei para contextualizar
um tempo que não é só meu
e tampouco o é em si próprio.
não expresso o que sinto
porque o que sinto
não consigo exprimir na palavras
que outrora criaram
e me condicionaram a sentir.
sinto por palavras,
pois o sabor das lágrimas
ninguém o prova para sentir
como uma palavra mal dita
ou descontextualizada
que cria lágrimas salgadas
ou outra palavra
que as torna doces
... e são todas cristalinas.
deixem-me dormir contra a corrente
que brotou de uma lágrima incompreendida.
e é na poesia
disfarçada de luz e cor
que a alegria
disfarça a sua dor,
debotada em heresia...
talvez pagã ou muçulmana,
quiçá cristã.
e contendo-se num lampejo
fugaz e altruísta
percorre a vida num bocejo
para não perder de vista
o sonho que se perdeu.
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