quinta-feira, janeiro 08, 2009

pausas

oiço vozes.
ao perto são extridentes
mas ao longe, apenas perturbam.
talvez as palavras que não compreendo
preencham lacunas que não colmato
ou, por outro lado, talvez, e apenas,
o silêncio das palavras que trocamos
conjugado com o som que não nos sai
dê por vezes a sensação que nos enganamos
quando falamos e o som se esvai.
desperto nessa taciturnidade
com uma luz obscura
que me turva a memória da idade
como que a esconder a escura
tentação que a alma invade.
vogando ao largo do mar
junto a terras que desconheço
e que sinto tantas vezes ter visto.
creio que o olhos me enganam
com o um isco a que resisto
e disperso a atenção
por caminhos que insisto
tentar atravessar sem razão.
termino por aqui a caminhada
e encosto-me a um turbilhão
de ideias inacabadas

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