domingo, março 08, 2009

eterna incerteza

desconexo, com os sentidos perturbados
pela chuva que bate e cai aos meus pés,
desvendando para lá da torpe os sonegados
pensamentos que se aproximam com revés.
as poças de água brilham como poemas
iluminadas pelas letras que gotejam
e, ao caírem, com seus diferentes fonemas
deixam um arco-íris para que as vejam.
tenho vertigens, ao olhar lá do cimo
as gotas que vão caindo na rua,
mas não tenho medo das alturas.
posso saltar sem quaisquer medos
que apenas sinto as tonturas
por ver perder os meus segredos
enquanto o céu foge de mim.
será tão difícil esquecer a vida
quando se está tão perto do fim?

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