sábado, maio 20, 2006

(in)satisfação

despertando para o prazer
sentindo os meandros do obscuro
procuro uma forma de obter
a luz de Arcturo
não conseguindo descrever
o que há de errado em mim,
defeitos sinto-os mas para os ver
teria de aceitar o alastrim
deixar a mente voar
libertar os fantasmas
aceitar o ser quem sou
deixar crescer o neoplasma
de forma ao Sr Doutor
encontrar a minha doença
que apenas não é mais
que a consciente inconsciência
de não me aceitar nos defeitos
encontrando lá virtudes
que não deixam de ser defeitos
num ciclo vicioso de excomunhão
que diverge para a ingratidão
de crescer e não me aceitar
e o que quero dizer
é que os meus defeitos existem
não perecem nem desistem
apenas se mantêm lá
e mais uma vez
do mal de mim não consigo falar
azar
fica para mais uma noite
de apoplexia e vodka
como antes fazia
sem pensar se dormia

perdidos já se encontraram (por) aqui
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