segunda-feira, janeiro 28, 2008

procuro... vejo... sinto

vejo a imensidão do mundo,
pequeno como sou,
vagueando por entre almas,
na penumbra do sono,
que, mesquinhas, fogem de si
e se procuram noutras
- frágeis - criaturas.
acordo!
sonho que apenas saíste
para voltares em breve,
mas a tua ausência dura
os breves instantes da eternidade,
pois quem partiu para lá do tempo
não foi o tu, foi o eu.
e a angústia desta ausência
perde-se na longitude
de um hemisfério que me escapa
por entre os dedos
qual grãos de areia
que escorrem como segredos
que contados e recontados
se perdem em mistérios,
segredados como sagrados
para se perderem nas escrituras
de quem não se importa
senão com as agruras
do que poderá vir a ser
e nunca o foi.

cor...

desposo o tempo que passa
e quedo-me ao seu redor
vendo que me trespassa
e tingindo a luz do sol.
o amarelo torna-se laranja
o laranja fica mortiço
e é a cor que se arranja
em tom de compromisso.
perde-se a luz e inspira-se,
como nos grandes mistérios,
e a alma arde,
perdendo-se em ministérios.
e o tempo nasce
sem parar para ver
o futuro que trouxe
e o passado que derramou
errante, erróneo, fosco,
nas mãos do homem
que não alcióneo
se torna aos poucos,
e poucos e poucos,
cada vez mais idóneo
a partilhar as ideias dos loucos

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