please tell me why

I am a little boy
playing around the mill
with the wind as toy
coming from the hill

the wind blows
and the sun sets
and the moon glows
hiding her defects

I ask to the sky
please tell me why
but there is no one home
as I wait for a reply

and I still believe
that the answer is nearby
so I wait and retrieve
questions and answers to the sky

I try

I hear you cry
I hear you smile
I hear you talk
inside my mind

I miss the tear
I miss the laugh
I miss the words
inside your breath

I forget the dark
I forget the bright
I forget the past
inside your light

I'm sorry for the misery
I'm sorry for the pain inside
I'm sorry for the words
thrown away by my mind

I made you cry
I made you smile
I made up the voices
inside your mind

voltar

sinto a brisa que passa
aqui no trigésimo e não sei quanto andar.
subo para sentir melhor.
paro, apenas por parar,
para voltar a subir
para baixo de qualquer coisa
que não deixe o sol chegar tão perto.
deixo-me dormir, enquanto a sombra foge
e o sol se apodera de mim.
acordo, deslocado de mim,
do local, da altura, e do tempo.
acordo, apenas porque acordo,
para voltar a dormir,
sem me perder em contemplações
desnecessárias e futuramente nostálgicas.
despeço-me do sono, e fujo
para a noite que me abraça
como se nunca me tivesse
deixado ao sol.

sentir

quero ver o céu a cair
de tão alto e não se partir.
quero ver o sol acordar
sem ter direito a barafustar.
quero ver a lua cair a dormir
sem sequer, nem por um momento,
hesitar em fazê-lo.
quero sentir em verbos
e adjectivar o que sinto.
quero ver as serras,
que vão e que vão e vão
e que foram e ressoam,
do meu coração.
quero, porque quero, querer
sem saber o porquê,
mas saber que sei
só pelo prazer de saber
que o que penso saber
talvez o não mais saberei.
quero ver pirilampos a correr
nas avenidas escuras e sombrias
iluminando como estrelas,
e em grandes correrias,
a estradas da vida
agoirada e sorridente
de estrelas cadentes.