sábado, fevereiro 21, 2009

bitter sweet fall

I whisper your name
expecting you to say mine,
but time goes by
and the name does not fly by.
I tell to myself that
I'll try, no matter what,
but time drives me by
and I fall to the floor
not to feel alone any more.
and that's life
as time goes by the end,
and doesn't matter how well you bend
the mind that handles time

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sábado, fevereiro 14, 2009

ser vadio

com dia flor
bom dia espiga
bom dia dor
bom dia alegria.
bom dia a quem não conheço
bom dia aos outros também
bom dia pai
bom dia mãe.
bom dia aos que partiram
bom dia a quem voltou
bom dia avó
bom dia avô,
e bom dia para mim
que já cá não estou.
bom dia para os que se perderam
ou somente se sentem perdidos
e bom dia para os perdidos
que alguém fez questão de perder.
bom dia amigos
bom dia aos outros
bom dia a quem dá abrigo
a a amigos dos outros.
bom dia a todos os seres
que mesmo sendo vadios
procuram com amor
a casa que os abrigou do frio,
e os viu crescer
e que os abandonou
para não mais os ver

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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Cláudia

eu sou feliz contigo
e pouco me importa
que amanhã não o seja
porque, como uma porta,
somos casmurros,
e um sem o outro,
não passamos.
porque por muito que
nos entristeça a mágoa,
o espaço que construíste,
lá está, e as plantas,
que cultivaste, lá estão
também, com algumas, poucas,
ervas daninhas, que crescem
por não serem cortadas.
essas ervas podem turvar
a visão que se tenta erguer
mas amanhã serei feliz
(mesmo que não te consiga ver).
sei que sim, e para tal
preciso que estejas feliz
e que sejamos um casal

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terça-feira, fevereiro 10, 2009

insanidade virtual

que (in)diferença
é sentir a insanidade
que avança com paciência
ao percorrer a idade.
e passeando à beira-mar
com a água a molhar os dedos
consigo fazer o mundo rodar
antes de cair... com os meus medos.
sou um menino grande
já tenho... estes anos
e sei que quando fizer
mais estes - não sei quantos
- posso ir ter com quem quiser
sem ter horas para chegar
a casa da avó para ir papar.
não faz sentido agora,
porém, fez sentido outrora
quando chegava aquela hora
de querer ficar no jardim
a brincar com os meninos
que jogavam à bola e ao berlinde,
e comiam bolas-de-Berlim,
como se não houvesse amanhã
mais uma, ou outro bolo qualquer,
porque talvez não houvesse mesmo
pelo menos para eles

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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

por segundo

o primeiro é o primeiro,
o segundo é isso mesmo,
é nada, ou um pedaço disso mesmo,
nunca chegando a ser inteiro
mesmo que por apenas um segundo.
ainda que um segundo possa
vir a ser primeiro um dia,
a vida não é como no desporto,
pois ganha a perde o desportista,
e quando na vida se perde,
não se ganha mais que o desgosto,
ainda que o desgosto seja
apenas (mais) uma constante da vida

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relógio de corda

o tempo que aguarda em silêncio
o poder parar para não pensar
em voltar atrás, e apenas ficar.
o tempo, que tem dois relógios,
(um deles de corda)
- não para não se perder
entre fusos horários,
mas para não se esquecer
de onde está, e de onde deveria
não estar - olhava feliz
para ver ser via
um pequeno e expedito petiz,
para sentir se ainda sorria.
a vida que tem é bela,
não como um conto de fadas
como Branca de Neve ou Cinderela,
mas como um conto de enxadas
onde a tristeza, alegria e dor
andam de mãos dadas
com a vida em seu redor

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